Saudade só se sente
Quando, mesmo indulgente
Um sujeito displicente
Abre mão da altivez
De soslaio, uma vez
Volta à terra que o fez
Sentimento indescritível
De essência indizível
Ato incognoscível
Lápso do coração
Que insiste em doer
Não atendendo a razão
Esta sentimentalidade
Que chamamos de saudade
Mesmo, quando, em luto e dor
Prova, que por ti, em mim, há amor